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Expressão em FineArt - Heloísa Medeiros

  • Writer: Pedro Antônio Heinrich
    Pedro Antônio Heinrich
  • Jun 23, 2016
  • 4 min read

Expressão em FineArt - Heloísa Medeiros

Hoje, entrevistei uma das fotógrafas que mais admiro e me inspira dentro do fineart. Confesso que pra mim, é uma satisfação tremenda. Ela consegue expressar com as fotografias algo extremamente íntimo e singular, consegue transmitir o que sente e nos faz refletir ao mesmo tempo. O título "Expressão em FineArt" é justamente pra diferenciar a confusão que muita gente faz com a "impressão em fineart", que é justamente o tipo de papel em que a fotografia vai impressa.

foto: Heloísa Medeiros

foto: Heloísa Medeiros

Pois bem, vamos começar:

[Pedro A. Heinrich] - Como e quando você se descobriu como fotógrafa?


[Heloísa Medeiros] Em 2013, para minha surpresa, conquistei o segundo lugar do prêmio Sioma Breitman de fotografia da Câmara Municipal de Porto Alegre, e aquilo foi um sinal que deveria seguir e me aprofundar na fotografia.


foto: Heloísa Medeiros

foto: Heloísa Medeiros

[Pedro A. Heinrich] - Quais as maiores dificuldades para um fotógrafo(a) em início de carreira?


[Heloísa Medeiros] Acho que existe uma diferença substancial na carreira do fotógrafo comercial que vive sob demanda de um cliente e o fotógrafo autoral, que faz fotografia artística e usa a fotografia como forma de expressão onírica no universo das artes visuais. Somente a câmera fotográfica como instrumento de trabalho é a mesma. Não existe melhor ou pior nesse meio, ambos vivem a fotografia só que por meios completamente diferentes.

Todos querem viver da fotografia e ter reconhecimento, e para entrar no mercado de trabalho bem saturado, competitivo é preciso, ao meu ver, ter humildade para aprender sempre, estudar muitas referências e viver a fotografia intensamente no dia a dia.


foto: Heloísa Medeiros


[Pedro A. Heinrich] - Quando o amadorismo dá lugar ao profissionalismo?


[Heloísa Medeiros] Acho que não existe exatamente esta fronteira. O profissionalismo está dentro de você. Você pode ser um profissional e explorar o universo fotográfico comercialmente e ser bem amador em qualidade ou atitudes e vice-versa. Tem muito fotógrafo “amador” fazendo fotografias autorais com muita seriedade, pesquisa e foco. É uma linha mais imaginária do que real.


foto: Heloísa Medeiros


[Pedro A. Heinrich] - Conte-nos um pouco dos seus objetivos para o futuro.


[Heloísa Medeiros] Nas minhas experiências e “mirabolâncias” fotográficas me apaixonei por fotografia fineArt com uma pitada fantasmagórica/onírica e trazer este universo para o mundo da moda, dando um clima surrealista e artístico para editoriais. Foi uma explosão de alegria. Meus planos são ingressar na especialização em poéticas visuais para dar mais contundência ao meu trabalho e correr atrás de concursos internacionais, pois, acredito que isso chancela nosso trabalho no contexto da fotografia contemporânea mundial. O que é um baita estimulo para seguir a diante.


[Pedro A. Heinrich] - Qual a importância em fazer um curso de fotografia?

[Heloísa Medeiros] Acho fundamental ter controle do seu equipamento, principalmente se vc está sendo pago por um cliente, pois não há margem para erro ou fotos desfocadas (dependendo do trabalho). Os cursos técnicos de fotografia te dão este aprendizado, mas é no campo, no dia-a-dia é que vai aprendendo a se relacionar verdadeiramente com a câmera, luz, movimento etc... Estudo na Escola de Fotografia Artística da Danny Bittencourt, que foi um marco na minha carreira, antes e depois da EFA. lá é um lugar para pensar fora da caixa. Filosofamos sobre todas as facetas da imagem, intervimos com outras modalidades das artes na fotografia. Estudamos, inclusive, historia da arte. Enfim, um curso fora dos padrões para quem busca fazer fotografia como forma de expressão.


foto: Heloísa Medeiros


[Pedro A. Heinrich] - Como funciona o seu processo de escolha de fotos?


[Heloísa Medeiros] Ahh!! Pura intuição! Boto o olho e sei qual foi a melhor do ensaio. Mas isso é tão subjetivo, por que o que toca em mim pode não tocar o outro, né?


[Pedro A. Heinrich] - Quais são as suas maiores influências no universo da fotografia?

[Heloísa Medeiros] Danny Bitencourt, Francesca Woodman, Angela Buron, Monia Merlo, Alessio Albi, Marta Bevacqua, Tuanne Eggers, Angelo Bonini, Sabrina Gabana, Pedro Heinrich.


[Pedro A. Heinrich] - Qual foto, clicada por você, tem um significado especial? E por quê? [Heloísa Medeiros] Acho que minha foto icônica, digamos assim, é a “Memórias frágeis de mim mesma” que foi selecionada para Art Prize Veneza este ano. Eu e a intérprete, Gabriela Carlotto, temos uma grande sintonia e neste dia estávamos super empolgadas com uma nova locação e também com um novo elemento na minha fotografia, que é uma mascara de esgrima comprada em um mercado de pulgas em Buenos Aires. Quado vi aquela mascara sabia que ia dar “bossa!”


foto: Heloísa Medeiros


[Pedro A. Heinrich] - Com sua experiência, que conselho daria pra quem pensa entrar nesta carreira?

[Heloísa Medeiros] Acho que a fotografia é uma sussurro lá dentro que está pedindo para ser ouvido. Experimente-se! Seja livre para errar, pesquise referências, fotografe todos os dias, seja um pouco auto-didata, se tem dúvidas vá para internet, tem muitos vídeos que ensinam coisas bacanas. Siga bons fotógrafos no instagram, conte a eles o quanto gosta do seu trabalho. Procure uma escola de fotografia que alimente seu talento e que te incentive a voar por que fotografia não é só técnica, é muita intuição também!

- Bons vôos ou mergulhos, tanto faz! :D


Aqui deixo a Fanpage da Heloísa, no facebook.


E, conta do instagram.



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